Alambiques da família Lütke

Affonso continuou a tradição até 2011 quando teve um AVC, mas ainda restava cachaça nos alambiques que tinham sido produzidos. Sobre o trabalho Affonso comenta: “Comecei quando tinha apenas 16 anos e continuo apaixonado pela atividade até hoje”. Além disso, ressalta que “não deu para ficar rico, mas que foi possível criar e encaminhar bem quatro filhos (três moças e um rapaz), dos quais vieram 14 netos e 12 bisnetos” (ND+, 2012).

A produção da sua cachaça é por envelhecimento em barricas de carvalho alemão e francês. Devido a qualidade de suas cachaças. teve algumas figuras públicas importantes como clientes, tais como: Germano Stein, Carlos Schneider, Valdemar Koentopp, Tupy Barreto, João Colin. Sobre o que é necessário para fazer uma boa cachaça, Affonso informou que é preciso: “’(…) colher a cana de açúcar bem madura e alambicar só na hora que a garapa atingir o ponto ideal de fermentação. No resto, é fazer o trabalho com amor, sem isso nada dá certo’, enfatiza do ato de sua experiência” (ND+, 2012).

Já Norberto Lütke (conhecido como Moppi) faleceu em 2011 e a partir de então Max Eugênio Lütke, seu filho, é o atual proprietário e alambiqueiro. Max Eugênio é o tataraneto do pioneiro e seu alambique já possui mais de 100 anos. Acerca da sua relação com a produção de cachaça, Max comenta: “Só fui me dedicar ao alambique depois dos 18 anos, quando saí para trabalhar na indústria e acabei voltando — lembra o herdeiro” (CLIC RBS, s.d.).

No seu alambique, “o modo artesanal com que a cachaça é produzida torna o sabor o seu principal chamariz” (CLIC RBS, s.d.). Na plantação da cana já existe um cuidado garantido, assim que haja produção durante o ano. E o líquido descansa durante sete a oito anos, enquanto as cachaças mais brancas ficam “dormindo” por somente um ano (CLIC RBS, s.d.).