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Percursos pelo patrimônio industrial de Joinville/SC

O passado industrial de Joinville produziu um expressivo patrimônio cultural relacionado aos seus processos industriais. De um lado, existem aqueles que são reconhecidos pelos órgãos de preservação e, de outro, bens que podem evidenciar a história das políticas e dos processos de industrialização da cidade, bem com as memórias de pessoas cuja vida esteve conectada ao dia a dia fabril, quer seja por fábricas e/ou monumentos presentes na cidade, ou por espaços de memória considerados como tal por aqueles que viveram, de alguma forma, os remanescentes de passados industriais. Há ainda aqueles bens culturais que conectam pessoas, lugares e seus processos de produção e escoamento de fluxos e mercadorias e, se percebidos nesse contexto, podem fornecer importantes subsídios para o conhecimento e a fruição de uma cidade denominada industrial.

Pode o patrimônio industrial nos provocar a refletir sobre essa cidade e possibilitar experiências de fruição?

A visibilidade de bens culturais industriais de Joinville e a conexão entre eles, sugeridas através de rotas e/ou percursos, tem potencial para trazer à tona múltiplas histórias ligadas ao passado, ao presente e ao futuro industrial da cidade, e, dessa forma, experienciar a cidade.   

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Fernando H.

Mauro T.

Jessica F.

Paula T.

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O Projeto

O site Percursos do Patrimônio Industrial de Joinville, é um dos produtos oriundos do projeto “Aproximações contemporâneas entre patrimônio industrial e turismo: proposta de um roteiro cultural voltado à experimentação do patrimônio cultural de Joinville/SC”, projeto concebido e desenvolvido pela equipe do Laboratório de História Oral da Univille (LHO), Centro Memorial da Univille (CMU), Centro de Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural (CEIPAC), Grupo de Pesquisa Cidade Cultura e Diferença (GPCCD) em conjunto com a empresa parceira Historiar e recebeu apoio da Associação Brasileira de História Oral (HBO). Foi submetido e aprovado pelo Programa Inovação para o setor turístico – Inovatur 28/20 da Fundação de Amparo à pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). 

Trata-se de um projeto piloto que ao longo do tempo será alimentado pela equipe conforme demanda e desdobramentos do projeto. 

Patrimônio industrial

A definição mais usual sobre patrimônio industrial é aquela estabelecida pela  Carta de Nizhny Tagil (2003)  e adotada pelo The International Committee for the Conservation of the Industrial Heritage – TICCIH (Comissão Internacional para a Conservação do Patrimônio Industrial), na qual o patrimônio industrial é entendido como:

O património industrial compreende os vestígios da cultura industrial que possuem valor histórico, tecnológico, social, arquitectónico ou científico. Estes vestígios englobam edifícios e maquinaria, oficinas, fábricas, minas e locais de processamento e de refinação, entrepostos e armazéns, centros de produção, transmissão e utilização de energia, meios de transporte e todas as suas estruturas e infra-estruturas, assim como os locais onde se desenvolveram actividades sociais relacionadas com a indústria, tais como habitações, locais de culto ou de educação.

Esse documento foi complementado em 2018 pela Carta de Sevilha, na qual, além da ampliação do conceito, podemos verificar a importância dada ao patrimônio industrial percebido como um processo inscrito em paisagens culturais:

La compleja estructura y articulación de los procesos industriales ha de contemplar las infraestructuras y las obras públicas como las redes imprescindibles que facilitan los procesos industriales, tanto en su complementariedad como en su especificidad.

Los territorios de la producción son de carácter evolutivo y en ellos se identifican los rasgos básicos que definen las actividades económicas, los procedimientos técnicos y las relaciones de producción de un território

Los territorios industriales están marcados por continuidades y rupturas, que convierten al medio físico en un escenario de observación de las transformaciones, de los usos, de las desigualdades y de los impactos que las sociedades han generado mediante la explotación de los recursos naturales.

O conceito de patrimônio industrial foi construído e ressignificado ao longo do tempo a partir dos vestígios da produção industrial a partir da segunda metade do século XX, contexto no qual deixaram de ser vistos apenas como restos da atividade econômica e passaram a ter valores patrimoniais atribuídos a eles.

Surgiu na Inglaterra junto aos estudos da arqueologia industrial e em resposta à destruição de muitas fábricas durante a Segunda Guerra Mundial. Às reivindicações sociais, que surgiam para evitar a demolição de importantes testemunhos industriais ingleses, uniram-se os movimentos da Arqueologia Industrial (instaurada como metodologia adequada para o estudo destes restos físicos e suas consequentes relações econômico-sociais), que se expandiu rapidamente a outros países europeus e do mundo (sobretudo a partir da década de 1970).

Portanto, entendemos o patrimônio industrial não apenas como a arquitetura industrial e seus objetos industriais, mas também os arquivos de trabalho, a cultural industrial, os relatos de vida e os processos industriais inscritos na paisagem.

Nesse sentido, os bens selecionados em primeira mão, contemplam, em parte, alguns daqueles já patrimonializados em âmbito municipal, como, também, aqueles que que podem ser considerados como importante vestígios dos processos industriais da cidade e/ou suas representações.